Num mundo onde mais de um bilhão de pessoas são tabagistas, estima-se que cerca de 700 milhões de crianças também acabem fumando passivamente.
Ao contrário do que muita gente pensa, uma pessoa que está ao lado de um fumante pode acabar mais prejudicada do que ele próprio. Depois de ser tragada, a fumaça que polui o ambiente pode conter até três vezes mais nicotina, monóxido de carbono e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas. E se um adulto saudável já sofre com isso, imagine então os pequenos, que possuem uma capacidade pulmonar menor e um organismo bem mais delicado.
O pneumologista Roberto Rodrigues Jr. explica que o tabagismo não só facilita o aparecimento de diversas doenças nas crianças, como também diminui a qualidade de vida delas. Vamos aos fatos:
para os bebês pequenos, o fumo chega a aumentar em até cinco vezes o risco de morte súbita, além de contribuir para o aparecimento de bronquites e pneumonias
ao amamentar, a mãe fumante passa a nicotina para seu filho através do leite. A substância pode afetar o desenvolvimento normal da criança e deixá-la mais irritada e chorosa
crianças de qualquer idade podem desenvolver asma, problemas respiratórios crônicos e sofrem maior incidência de infecções no ouvido, garganta, sinusites ou outros problemas alérgicos
a influência psicológica do cigarro já foi comprovada. Filhos de pais fumantes têm bem mais chances de adquirir o hábito no futuro
Aos pais e mães que fumam...Obviamente que o ideal é parar, mas se você não estiver conseguindo, pelo menos tome alguns cuidados.
não fume em locais onde a criança circula e, jamais, dentro do carro ou em outros ambientes fechados
fumar na janela ou na porta não adianta! Para não poluir o ambiente com as substâncias nocivas, só saindo de casa, ao ar livre
diminua o consumo de cigarros enquanto estiver amamentando e procure fumar o mais distante possível dos horários das mamadas
Procure a orientação de um médico para ajudar a se livrar do vício. A saúde do seu filho agradece.